terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Ao final de mais uma etapa de curso e com alguns anos de experiência aliando a informática a educação, cabe dizer que, por meio de informática podemos desenvolver maravilhas junto aos alunos, afinal são infinitas as possibilidades oferecidas por meio de um computador com acesso a rede. As mais variadas disciplinas, conteúdos, matérias, competências, habilidades ou qualquer que seja o "nome da moda" que quisermos atribuir ao conhecimento, podem ser construídos e elaborados através deste instrumento, basta saber o que queremos ensinar, fazer uma varredura nos sites que podem se mostrar significativos para o nosso objetivo e esquematizar uma forma de sistematizar a pesquisa, que pode sair da sala de infrmática e invadir outros espaços.
No entanto, penso que, por vezes, podemos estar nos ligando demais a esta ferramenta, esquecendo que de uma pesquisa na internet pode sair uma peça de teatro a ser apresentada para toda a escola, por exemplo e somente para citar um... Não precisamos ficar presos ao computador o tempo todo, ele deve nos servir como ferramenta, única e exclusivamente...
Talvez a tecnologia esteja perturbando demais nossos professores que, em meio a todas as mudanças e revoluções ocasionadas pela era "cibernética" não sabem mais de que modo agir e tanto menos o que fazer frente a seus alunos, estes, por sua vez, àvidos conhecedores de todas as ferramentas disponíveis em um crescente a cada dia que passa. Os professores, por sua vez, cheios de relatórios (preenchidos a punho), dispõe de pouco tempo para exercitar seus conhecimentos nesta nova e assustadora ferramenta, que passou a se mostrar imprescindível em suas aulas, pois sem ela, mais uma vez o professor se mostrará completamente "ultrapassado".
Questiono-me então: de que forma podemos dispor de algum tempo para esta, tão necessária, "reciclagem" dos profissionais da educação? Porque exigimos que os professores utilizem computadores em suas aulas e continuamos a preencher cadernos de classe, pereceres pedagógicos entre outros instrumentos de controle, a punho, usando de papel e caneta? Não seria esta a hora de provocar uma revolução também nestes últimos, informatizando toda a escola? 
Cabe uma breve reflexão, que nos faça pensar e sobretudo que nos instigue a agir e provocar as pequenas "guerras" diárias... 
Continuemos pensando...

sábado, 13 de março de 2010

BEM VINDO À HOLANDA

Freqüentemente, sou solicitada a descrever a experiência de dar à luz a uma criança com deficiência - Uma tentativa de ajudar pessoas que não têm com quem compartilhar essa experiência única a entendê-la e imaginar como é vivenciá-la.
Seria como...
Ter um bebê é como planejar uma fabulosa viagem de férias - para a ITÁLIA! Você compra montes de guias e faz planos maravilhosos! O Coliseu. O Davi de Michelângelo. As gôndolas em Veneza. Você pode até aprender algumas frases em italiano. É tudo muito excitante.
Após meses de antecipação, finalmente chega o grande dia! Você arruma suas malas e embarca. Algumas horas depois você aterrissa. O comissário de bordo chega e diz:
- BEM VINDO À HOLANDA!
- Holanda!?! - Diz você. - O que quer dizer com Holanda!?!? Eu escolhi a Itália! Eu devia ter chegado à Itália. Toda a minha vida eu sonhei em conhecer a Itália!
Mas houve uma mudança de plano vôo. Eles aterrissaram na Holanda e é lá que você deve ficar.
A coisa mais importante é que eles não te levaram a um lugar horrível, desagradável, cheio de pestilência, fome e doença. É apenas um lugar diferente.
Logo, você deve sair e comprar novos guias. Deve aprender uma nova linguagem. E você irá encontrar todo um novo grupo de pessoas que nunca encontrou antes.
É apenas um lugar diferente. É mais baixo e menos ensolarado que a Itália. Mas após alguns minutos, você pode respirar fundo e olhar ao redor, começar a notar que a Holanda tem moinhos de vento, tulipas e até Rembrants e Van Goghs.
Mas, todos que você conhece estão ocupados indo e vindo da Itália, estão sempre comentando sobre o tempo maravilhoso que passaram lá. E por toda sua vida você dirá: - Sim, era onde eu deveria estar. Era tudo o que eu havia planejado!.
E a dor que isso causa nunca, nunca irá embora. Porque a perda desse sonho é uma perda extremamente significativa.
Porém, se você passar a sua vida toda remoendo o fato de não ter chegado à Itália, nunca estará livre para apreciar as coisas belas e muito especiais sobre a Holanda.